Participantes

  • Amanda Queiroz Moura (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Catherrine Thiene Rossini (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Claudia Regina Boen Frizzarini (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Elielson Sales (Doutorando em Educação Matemática A imagem no ambiente informatizado enquanto elemento facilitador para o ensino de geometria com criança surda)
  • Elizabete Leopoldina da Silva (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Eloísa Jussara de Souza Silva (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Lessandra Marcelly (Doutoranda em Educação Matemática)
  • Miriam Godoy Penteado (Coordenadora)
  • Renato Marcone (Doutorando em Educação Matemática)
  • Vanessa Cintra (Doutoranda em Educação Matemática)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

tvlibras

Um blog que tem como proposta colocar acessível aos surdos as informações divulgadas pelas emissoras de televisão por meio da inserção do intérprete de Libras.
Acesse: http://www.tvlibras.blog.com/

João Julio Antunes: Vencendo a cegueira fazendo cinema

Um programa de televisão foi até Brasília registrar as gravações do primeiro filme do diretor João Júlio Antunes, de 44 anos, cego desde os 30: O programa acompanhou os bastidores de um projeto original. João Júlio Antunes é o diretor. Ele ouve a cena, mas não enxerga. “Cego? Como…
Confira no link: http://www.youtube.com/watch?v=mZRlEoqpVBQ&feature=player_embedded

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SAUER, Luciane et al. dicótica e SPECT em crianças com dislexia

Escuta dicótica (DL) foi avaliada em 36 crianças com: teste de escuta dicótica verbal, alternando dicótica dissilable e teste de escuta dicótica não-verbal. As crianças foram separadas em dois grupos: grupo experimental com 18 crianças com dislexia e grupo controle com 18 crianças normais. Ambos os grupos eram comparáveis quanto ao sexo, lateralidade e nível sócio-econômico. Todas as crianças com dislexia submetidos a exame de neuroimagem (SPECT). Nossos dados mostraram que houve diferença estatística entre os grupos em todos os testes DL. Os achados anormais SPECT foram observadas em 50% das crianças disléxicas, hipoperfusão do lobo temporal esquerdo, sendo a mais freqüente. Nós concluímos que crianças com dislexia apresentam alterações do processamento neurológico central que podem ser detectadas pelos exames DL, e por exames de imagem funcional, tais como SPECT, também.

Palavras-chave: a dislexia; imagem, teste de escuta dicótica.

Texto completo em pdf no seguinte endereço:

http://www.scielo.br/pdf/anp/v64n1/a22v64n1.pdf

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Transtorno auditivo pouco conhecido pode dificultar aprendizado

30/04/2010 - 20h13

Publicidade do New York Times
Pais e professores muitas vezes pedem que suas crianças prestem atenção sejam "bons ouvintes". Mas e se o cérebro deles não souber ouvir?
Esse é o desafio para crianças com transtorno de processamento auditivo, uma síndrome pouco entendida que interfere na capacidade do cérebro de reconhecer e interpretar sons. Estima-se que de 2% a 5% das crianças tenham o transtorno, disse Gail D. Chermak, especialista em ciência da fala e da audição da Washington State University. Segundo ela, provavelmente muitos casos não foram diagnosticados ou receberam diagnósticos equivocados.
A síndrome TPA (Transtorno de Processamento Auditivo) problemas em prestar atenção e seguir instruções, baixo desempenho acadêmico, problemas de comportamento, leitura ruim e vocabulário pobre muitas vezes é confundida com problemas de atenção ou até autismo.
Porém, agora o transtorno está recebendo alguma atenção, graças, em parte, à apresentadora americana Rosie O'Donnell e seu filho Blake, de 10 anos, que tem TPA.
No prefácio de um novo livro, "The Sound of Hope" (Ballantine), de Lois Kam Heymann, a patologista da fala e terapeuta auditiva que ajudou Blake, O'Donnell relata como soube que algo estava errado.
Tudo começou com um corte de cabelo antes que o filho entrasse na primeira série. Blake já estava trabalhando com uma terapeuta de comunicação devido a suas respostas vagas e outras dificuldades. Assim, quando ele pediu um "cortezinho" de cabelo, ela tentou "traduzir" o significado do que ele queria dizer, e pediu ao cabeleireiro um corte de cabelo bem curto, como o do irmão. Mais tarde, no carro, Blake caiu no choro e O'Donnel tinha percebido o erro. Ao dizer "cortezinho", Blake queria pedir ao cabeleireiro que não cortasse muito o cabelo. Ele queria só aparar as pontas.
"Parei no acostamento e o abracei", disse O'Donnell. "Disse: Blake, me desculpe mesmo. Eu não te entendi. Vou fazer melhor da próxima vez".
Esse foi o ponto de virada. A busca de O'Donnell para fazer melhor a levou a Heymann, que determinou que, embora Blake pudesse ouvir perfeitamente bem, ele tinha problemas em distinguir entre alguns sons. Para ele, palavra como "tangerina" e "tamborim", "morto" e "gordo" poderiam soar da mesma forma.
"A criança ouve 'Esse jovem está muito morto' e sabem que não faz sentido", disse Heymann. "Mas, enquanto eles tentam desvendar o porquê, o professor continua falando e eles ficam para trás. Esses sons estão sendo distorcidos ou mal interpretados, e isso afeta a forma como a criança aprende a fala e a linguagem".
O cérebro de Blake tinha dificuldades para reter as palavras que ouvia, resultando num vocabulário limitado e problemas para ler e soletrar. A linguagem abstrata, metáforas, tudo isso é confuso e frustrante.
Crianças com problemas de processamento auditivo muitas vezes não conseguem filtrar outros sons. A voz do professor, uma cadeira raspando no chão e papel amassando, tudo isso é ouvido no mesmo nível. "A reação normal dos pais é 'Por que você não ouve?'", disse Heymann. "Eles escutam, mas não ouvem a coisa certa".
A solução é muitas vezes uma abordagem compreensiva, na escola e em casa. Para moderar sons não desejados, pedaços de feltro podem ser colocados nas pernas de cadeiras e mesas. Os pais trabalham para simplificar a linguagem e evitar metáforas e referências abstratas.
A casa de O'Donnell parou com reuniões grandes e barulhentas que incomodavam Blake. Sessões duas vezes por semana focando em sons e palavras, usando rimas e gestos corporais, ajudaram o menino a recuperar o aprendizado que ele tinha perdido.
A ajuda dentro da sala de aula é essencial. Uma família em Westchester County, Nova York, que pediu para não ser identificada para proteger a privacidade do filho, se reuniu com os professores do menino e concordaram em fazer várias adaptações incluindo que o professor usasse um pequeno microfone que direcionasse a voz de forma mais clara para um alto-falante na mesa do aluno, para que ele pudesse distinguir melhor a voz do professor de outros sons que competiam por sua atenção.
Ninguém sabe exatamente por que essas habilidades de processamento de audição não se desenvolvem de forma integral em todas as crianças, segundo o Instituto Nacional de Surdez e Outros Transtornos de Comunicação. Cientistas estão conduzindo estudos de imagens cerebrais para entender melhor a base neurológica da condição e descobrir se há diferentes formas do problema.
Aparentemente o transtorno tem pouca ou nenhuma relação com a inteligência. Blake tem um conhecimento enciclopédico de animais uma vez, ele corrigiu a mãe por ter se referido a um puma como um leão da montanha. A criança de Westchester hoje é um jovem de 17 anos que frequenta o ensino médio e estar sendo recrutado pelas melhores universidades.
"Ele está indo muito bem em latim e aulas de ciência", disse a mãe. "Eu me lembro que costumava sonhar com o dia em que ele fosse capaz de acordar um dia de manhã e dizer simplesmente 'mamãe'".
Nem toda criança se sai tão bem assim. Algumas crianças com TPA possuem outros problemas de desenvolvimento e sociais. Mas O'Donnell diz que o tratamento não envolve apenas notas melhores na escola.
"Isso seguramente afetou o mundo todo de Blake", ela disse, em relação ao filho. "Não apenas o aprendizado. O transtorno as tira da sociedade, das interações. Ver a diferença em quem ele é hoje, contra quem ele era dois anos atrás, e então contemplar o que poderia ter acontecido se não pudéssemos ter detectado o transtorno acho que ele estaria perdido".

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ENSINO DE MATEMÁTICA E SURDEZ

Estamos divulgando/disponibilizando mais uma pesquisa acadêmica na área do ensino e aprendizagem de matemática para estudantes surdos, trata-se da dissertação de mestrado: INVESTIGAÇÃO-AÇÃO ESCOLAR: situação-problema na aprendizagem de conceitos matemáticos, desenvolvida pela Profa. Vera Lúcia Biscaglia, sob orientação do Prof. Dr. Fábio da Purificação de Bastos, no Programa de Pós- Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Maria.

RESUMO

Seguiu-se, nesta pesquisa, a concepção sugerida pelos PCN de que situação problema é ponto de partida para a aprendizagem de conceitos matemáticos e não uma mera aplicação de conteúdos já adquiridos. Investigou-se ativamente, visualizando uma aproximação entre os conhecimentos prático e escolar de modo a favorecer a aprendizagem através de situações-problema. Os procedimentos metodológicos utilizados estão circunscritos na abordagem qualitativa, onde, através da dinâmica dos ciclos de investigação-ação na perspectiva dialógico-problematizadora, as práticas escolares foram realizadas para responder a seguinte pergunta: aproximar os conhecimentos prático e escolar, através de situações-problema, contribui com a aprendizagem de conceitos matemáticos? Durante a resolução das situações-problema, os alunos agiram no meio em que vivem, simulando, pesando e medindo, tornando-se, frente a esses procedimentos, mais ativos e motivados. Eles expressaram, através do diálogo, as novas relações que estavam fazendo no dia-a-dia com o que aprenderam durante a resolução das situações-problema. Os alunos perceberam-se diferentes diante de experiências vividas ao observarem as informações que estão ao seu redor com o que foi tratado em aula. Dessas declarações, pode-se perceber que há possibilidade, nas práticas escolares de matemática, de fazer um ajuste entre o conhecimento escolar e o prático através de situações-problema, visando uma aproximação. Tendo-se como proposição que o ensino através de situações-problema enfatiza a interação entre conceitos matemáticos, ação, observação e análise, minimizando os processos operatórios de forma mecânica, este poderá desenvolver um conhecimento teórico e prático mais integrado, e tornarem as práticas escolares de matemática mais motivadoras e dinâmicas.

Palavras-Chave: diálogo-problematizador, investigação-ação, conceitos matemáticos, situação-problema, conhecimentos prático e escolar.

Texto completo:

http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_arquivos/18/TDE-2008-07-21T133729Z-1648/Publico/VERALUCIABISCAGLIAPEREIRA.pdf

domingo, 1 de agosto de 2010

Inclusão digital, escolar e social

A equipe do novo centro da UNESP, em Presidente Prudente promoverá alfabetização, inclusão digital e inserção no mercado de trabalho.

O campus da Unesp de Presidente Prudente inaugurou no início de abril, o Centro de Promoção para a Inclusão Digital, Escolar e Social. O investimento foi de R$ 710 mil. A unidade auxiliará na alfabetização e inclusão digital de jovens com deficiência, colaborando para sua inserção no mundo do trabalho. As atividades serão coordenadas pela professora Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT).

O projeto é resultado de mais de doze anos de pesquisas de Elisa sobre uso da informática na educação de pessoas com deficiência. "Esse tipo de capacitação abre uma enorme perspectiva de mudança de vida, gerando grande demanda por atendimento, daí a necessidade de construir uma sede própria para esse fim", afirma a professora.

O centro passa a ensinar 30 pessoas que já eram beneficiadas pelas atividades do grupo de pesquisa Ambientes Potencializadores para Inclusão (API). O grupo foi responsável pela inclusão digital de mais de 140 pessoas desde sua criação, em 2001. Os alunos apresentam diversos tipos de deficiência, como baixa visão, descontrole motor, síndrome de down, paralisia cerebral, hiperatividade e dificuldades educativas, de audição e de fala. A capacidade total de atendimento da nova estrutura ainda será verificada durante os primeiros meses.

A unidade tem 373 metros quadrados e está equipada com os seguintes itens: laboratório de informática; biblioteca; sala de reuniões; refeitório; sala de desenvolvimento; e uma outra chamada multifuncional, com equipamentos de acessibilidade de tecnologia assistiva, que proporciona ou amplia as habilidades funcionais.

Um dos aparelhos é a "colmeia", uma placa de acrílico que impede a pessoa com dificuldade motora de pressionar uma tecla involuntariamente. Há também um mouse adaptado, basicamente um microcontrolador com sensibilidade para a percepção de movimentos, posicionado sobre a cabeça do usuário. O ato de clicar é realizado por uma haste, acionada ao inflar das bochechas.

Os profissionais utilizam também softwares com "recursos amigáveis", como legendas e áudio das ações que são executadas no PC. O desenvolvimento desses programas é feito pelo Núcleo de Educação Coorporativa (NEC), também da FCT.

A criação de um "scrapbook" (livro de recado) é uma das formas que os monitores usam para ensinar os alunos a ler e a escrever e descobrir sua auto-imagem. Dentro de suas possibilidades, eles escrevem comentários rápidos, recados, contam um pouco de suas histórias e aprendem a trabalhar com fotos digitais. "Pretendemos introduzir ferramentas de libras em nossos processos de alfabetização futuros", diz Elisa.

Curso de extensão
O espaço possibilitará também o desenvolvimento de pesquisas e a promoção de formação a educadores, como o curso de extensão Tecnologias Assistivas promovido pelo API. As aulas são ministradas no âmbito da Universidade Aberta do Brasil, uma iniciativa do governo federal criada em 2005 para oferecer cursos virtuais de ensino superior ou complementar.

A 3ª e a 4ª edições serão realizadas ainda este ano. A próxima turma começa em maio, professores das escolas públicas de todo o País podem participar. Para isso é necessário que o interessado acesse a Plataforma Paulo Freire (http://freire.mec.gov.br/index/principal) para realizar a sua inscrição.

Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo