Participantes

  • Amanda Queiroz Moura (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Catherrine Thiene Rossini (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Claudia Regina Boen Frizzarini (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Elielson Sales (Doutorando em Educação Matemática A imagem no ambiente informatizado enquanto elemento facilitador para o ensino de geometria com criança surda)
  • Elizabete Leopoldina da Silva (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Eloísa Jussara de Souza Silva (Licenciatura em Matemática - Unesp)
  • Lessandra Marcelly (Doutoranda em Educação Matemática)
  • Miriam Godoy Penteado (Coordenadora)
  • Renato Marcone (Doutorando em Educação Matemática)
  • Vanessa Cintra (Doutoranda em Educação Matemática)

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Novos recursos para inclusão

Iniciativas que beneficiam os portadores de necessidades especiais, nas áreas de educação, saúde, acessibilidade e orientação para o mercado de trabalho...


Inclusão multidisciplinar
MEC seleciona Departamento de Educação Especial de Marília para oferecer curso de especialização sobre atendimento de alunos portadores de deficiência

Um grupo de docentes do Departamento de Educação Especial da Faculdade de Filosofia e Ciências (FFC), câmpus de Marília, acaba de ser selecionado pelo Ministério da Educação (MEC) para oferecer um curso a distância de especialização sobre o atendimento de alunos portadores de deficiência, destinado a cerca de mil professores de escolas públicas de todo o País.

O curso semipresencial será ministrado durante 18 meses, em conjunto com outras duas universidades públicas. “Tal experiência possibilitará aos docentes estender seus conhecimentos e experiências, por meio de material on-line, para disseminação da educação especial”, informa Anna Augusta Sampaio de Oliveira, coordenadora do curso.

A equipe já possui experiência no ensino a distância de Libras (Língua Brasileira de Sinais) para cerca de 700 professores de todo o País, sobre a relação com alunos surdos, coordenado pela docente Sandra Eli Martins. O mesmo curso foi ministrado para 250 professores da rede municipal de São Paulo. Ambos já estão na segunda edição. “O preparo dos professores para a educação inclusiva vive um momento ainda difícil no País, principalmente em relação à infraestrutura para realizar este trabalho”, aponta Anna.

Além do exemplo da equipe de Marília, a Unesp reúne uma ampla experiência obtida com diversos projetos de extensão e pesquisas visando à inclusão social de deficientes físicos, auditivos, visuais e mentais.

É o caso do grupo de professores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT), em Presidente Prudente. A docente Elisa Tomoe Moriya coordena dois cursos de especialização a distância com 120 horas-aula, para cerca de mil professores de todo o País. “São cursos sobre Libras e novas tecnologias que podem dar autonomia à pessoa com deficiência”, informa. As duas atividades resultam de um convênio entre a Universidade e a Secretaria de Educação Especial do MEC.

Tecnologia
– Na inclusão digital de deficientes visuais, um dispositivo eletrônico criado por pesquisadores do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas (Ibilce), em São José do Rio Preto, verte para o braile o conteúdo da Internet, conforme o usuário passa o cursor pelo texto. Os sinais das letras do alfabeto usado pelos cegos são transmitidos em um tipo de teclado especial com pequenas hastes metálicas, que se elevam e abaixam, sendo “lidas” pelos dedos do internauta.

“O grande mérito desse sistema é o fato de dispensar o uso de impressoras especiais, que imprimem em papel grosso em braile, ou softwares conversores de textos em voz”, destaca José Márcio Machado, que desenvolveu o software com Mário Luiz Tronco. O projeto foi finalista da etapa nacional do Prêmio Santander de Ciências e Inovação, categoria Tecnologia da Informação e Comunicação, e será apresentado, em setembro, no 14th International Symposium on Applied Electromagnetics and Mechanics, em Xian, na China.

Desafiados pela dificuldade de deficientes visuais para acompanhar as aulas de Geografia na rede pública, docentes do Instituto de Biociências (IB) de Rio Claro produziram uma cartografia tátil. O material inclui desenhos em alto relevo de mapas como o do Brasil e da América do Sul, com informações em braile, além de maquetes e jogos táteis. “São iniciativas que têm contribuído significativamente para a ampliação dos conhecimentos destes alunos”, aponta Maria Isabel Castreghini de Freitas, coordenadora do projeto, que está sendo aplicado em duas escolas da região.

Já na área de ensino de Matemática, uma equipe do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE), também de Rio Claro, desenvolve projetos como uma revista em quadrinhos escrita em braile, com desenhos em alto relevo. “As histórias foram adaptadas como recurso de ensino de conteúdos matemáticos para alunos com deficiência”, conta a mestranda Lessandra Marcelly Souza da Silva, autora do trabalho e professora voluntária em uma associação para valorização e inclusão de deficientes. “Nesta minha experiência, observei como os materiais pedagógicos interferem na ação educativa e contribuem de maneira significativa na aprendizagem destes estudantes”, acrescenta ela, que foi orientada pela docente Mirian Penteado, coordenadora do grupo.

Acesse: http://www.unesp.br/aci/jornal/248/capa.php

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