Por Marco Aurélio Kistemann (Doutorando em Educação Matemática – Unesp - Rio Claro-SP, e-mail mathk@ig.com.br)
Iniciaremos esta segunda parte fornecendo algumas estatísticas que podem ilustrar alguns avanços no quadro da inclusão na educação brasileira. Recordamos que segundo a legislação brasileira em vigor, um aluno com necessidades especiais é considerado incluído quando estuda na mesma sala que os demais estudantes (Censo Escolar Inep/MEC).
Em 2000 havia 221.652 alunos com necessidades especiais matriculados no ensino fundamental brasileiro. Sete anos se passaram e em 2007 o número cresceu satisfatoriamente para 463.856 estudantes. Enquanto em 2000, 30% do total dos estudantes matriculados estudavam em classes regulares, em 2007 o número superou as expectativas atingindo 52% de alunos estudando em classes regulares. Dados do Censo Escolar Inep/MEC revelam ainda que, o número de estudantes freqüentes em classes ou escolas especiais, sem integração com os demais alunos sofreu uma redução de 70% em 2000, para 48% em 2007. Fontes do próprio Ministério da Educação concordam que a inclusão tem ocorrido, sem que se concretize com qualidade, uma vez que, o despreparo do professor para atuar com o estudante com deficiência se perfaz como um dos fatores que coloca em risco a qualidade em questão.
A Secretaria de Educação Especial do MEC reconheceu em 2007 que ainda há muito a avançar para melhorar a inclusão de deficientes no ambiente escolar brasileiro. Pesquisas da Secretaria revelam que as escolas federais, ainda com baixas matrículas de alunos especiais, pouco se organizaram na última década para serem mais inclusivas.
Por outro lado a Secretaria cita que uma das medidas que podem concretizar a melhora da qualidade da inclusão destes estudantes seja a formação de professores à distância para atenderem alunos da educação especial. Além dessa proposta, o governo federal aprovou o decreto 6571 de setembro de 2008 que trata do financiamento da educação especial. O decreto prevê que o aluno deficiente atendido em classes regulares contará em dobro para efeitos de cálculo do Fundeb, caso estude também no contraturno, isto é, com carga horária ampliada sem prejuízo de sua convivência com os demais estudantes.
Por fim a Secretaria ressalta ainda a importância do programa BPC (Benefício de Prestação Continuada) na escola como uma das estratégias desenvolvidas pelo governo federal para incluir alunos que estavam ausentes dos bancos escolares. O programa identificará os beneficiários com menos de 18 anos que não estão matriculados e, a partir deste cadastro, planeja investigar as razões que levam esses alunos a não estarem estudando.
Estamos caminhando, gradativamente. Até o final de 2009, mais de vinte mil vagas estarão abertas para formação de professores à distância para lidar com alunos especiais em instituições públicas de todo o Brasil.
Há esperança para a inclusão.
Iniciaremos esta segunda parte fornecendo algumas estatísticas que podem ilustrar alguns avanços no quadro da inclusão na educação brasileira. Recordamos que segundo a legislação brasileira em vigor, um aluno com necessidades especiais é considerado incluído quando estuda na mesma sala que os demais estudantes (Censo Escolar Inep/MEC).
Em 2000 havia 221.652 alunos com necessidades especiais matriculados no ensino fundamental brasileiro. Sete anos se passaram e em 2007 o número cresceu satisfatoriamente para 463.856 estudantes. Enquanto em 2000, 30% do total dos estudantes matriculados estudavam em classes regulares, em 2007 o número superou as expectativas atingindo 52% de alunos estudando em classes regulares. Dados do Censo Escolar Inep/MEC revelam ainda que, o número de estudantes freqüentes em classes ou escolas especiais, sem integração com os demais alunos sofreu uma redução de 70% em 2000, para 48% em 2007. Fontes do próprio Ministério da Educação concordam que a inclusão tem ocorrido, sem que se concretize com qualidade, uma vez que, o despreparo do professor para atuar com o estudante com deficiência se perfaz como um dos fatores que coloca em risco a qualidade em questão.
A Secretaria de Educação Especial do MEC reconheceu em 2007 que ainda há muito a avançar para melhorar a inclusão de deficientes no ambiente escolar brasileiro. Pesquisas da Secretaria revelam que as escolas federais, ainda com baixas matrículas de alunos especiais, pouco se organizaram na última década para serem mais inclusivas.
Por outro lado a Secretaria cita que uma das medidas que podem concretizar a melhora da qualidade da inclusão destes estudantes seja a formação de professores à distância para atenderem alunos da educação especial. Além dessa proposta, o governo federal aprovou o decreto 6571 de setembro de 2008 que trata do financiamento da educação especial. O decreto prevê que o aluno deficiente atendido em classes regulares contará em dobro para efeitos de cálculo do Fundeb, caso estude também no contraturno, isto é, com carga horária ampliada sem prejuízo de sua convivência com os demais estudantes.
Por fim a Secretaria ressalta ainda a importância do programa BPC (Benefício de Prestação Continuada) na escola como uma das estratégias desenvolvidas pelo governo federal para incluir alunos que estavam ausentes dos bancos escolares. O programa identificará os beneficiários com menos de 18 anos que não estão matriculados e, a partir deste cadastro, planeja investigar as razões que levam esses alunos a não estarem estudando.
Estamos caminhando, gradativamente. Até o final de 2009, mais de vinte mil vagas estarão abertas para formação de professores à distância para lidar com alunos especiais em instituições públicas de todo o Brasil.
Há esperança para a inclusão.
4 comentários:
Olá, sou José Nelson graduando em matemática pela FAFISM Murié. Sou bastente interessado por esse ramo da eduação, a eduação inclusiva, estou no segundo ano, metade da minha graduação, estou interessado em montar um projeto de pesquisa que abranja essa área por ter um tio com Sindrome de Daw de idade já avançada. Venho através desse pedir apoio à vocês para que obtenha êxito nesse trabalho que será o primeiro passo pra um trabalho de conclusão de curso que terei de apresentar o ano que vem (2011). Desde já agradecido pela atenção.
Caro José Nelson,
Primeiramente seja muito bem-vindo ao nosso ambiente virtual...
É sempre muito gratificante saber que cada vez mais colegas da área (matemática) se interessem pela Educação de pessoas com (d)Eficiências. E quanto ao seu projeto de pesquisa não se preocupe, pois nessa área somos todos novatos e aprendizes, mas com muita vontade de aprender... O mais importante de tudo é que sempre temos um pouco para trocar…
Quando precisar do nosso grupo disponha...
Grande abraço!
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Matemática Inclusiva.
Achei super legal esse blog.Sou licencianda em Matemática pela UEFS - Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia estou no 6º semestre e minha orientação é sobre esse tema.
Gostaria muito de trocar informações sobre esse assunto. Na realidade estou mais voltada para necessidades educacionais especiais no aprendizado de matemática. Qualquer coisa parecida me informem.
Grata
Márcia Melo
Ola pessoal, meu nome é Ana Paula sou da cidade de Lavras-MG, faço Licenciatura em Matemática na UFLA(universidade Federal de Lavras), sou pesquisadora em Educação Especial, estudo diferentes métodos de ensinar matemática as pessoas com deficiência, atualmente com deficiência visual.
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