A equipe do novo centro da UNESP, em Presidente Prudente promoverá alfabetização, inclusão digital e inserção no mercado de trabalho.
O campus da Unesp de Presidente Prudente inaugurou no início de abril, o Centro de Promoção para a Inclusão Digital, Escolar e Social. O investimento foi de R$ 710 mil. A unidade auxiliará na alfabetização e inclusão digital de jovens com deficiência, colaborando para sua inserção no mundo do trabalho. As atividades serão coordenadas pela professora Elisa Tomoe Moriya Schlünzen, da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT).
O projeto é resultado de mais de doze anos de pesquisas de Elisa sobre uso da informática na educação de pessoas com deficiência. "Esse tipo de capacitação abre uma enorme perspectiva de mudança de vida, gerando grande demanda por atendimento, daí a necessidade de construir uma sede própria para esse fim", afirma a professora.
O centro passa a ensinar 30 pessoas que já eram beneficiadas pelas atividades do grupo de pesquisa Ambientes Potencializadores para Inclusão (API). O grupo foi responsável pela inclusão digital de mais de 140 pessoas desde sua criação, em 2001. Os alunos apresentam diversos tipos de deficiência, como baixa visão, descontrole motor, síndrome de down, paralisia cerebral, hiperatividade e dificuldades educativas, de audição e de fala. A capacidade total de atendimento da nova estrutura ainda será verificada durante os primeiros meses.
A unidade tem 373 metros quadrados e está equipada com os seguintes itens: laboratório de informática; biblioteca; sala de reuniões; refeitório; sala de desenvolvimento; e uma outra chamada multifuncional, com equipamentos de acessibilidade de tecnologia assistiva, que proporciona ou amplia as habilidades funcionais.
Um dos aparelhos é a "colmeia", uma placa de acrílico que impede a pessoa com dificuldade motora de pressionar uma tecla involuntariamente. Há também um mouse adaptado, basicamente um microcontrolador com sensibilidade para a percepção de movimentos, posicionado sobre a cabeça do usuário. O ato de clicar é realizado por uma haste, acionada ao inflar das bochechas.
Os profissionais utilizam também softwares com "recursos amigáveis", como legendas e áudio das ações que são executadas no PC. O desenvolvimento desses programas é feito pelo Núcleo de Educação Coorporativa (NEC), também da FCT.
A criação de um "scrapbook" (livro de recado) é uma das formas que os monitores usam para ensinar os alunos a ler e a escrever e descobrir sua auto-imagem. Dentro de suas possibilidades, eles escrevem comentários rápidos, recados, contam um pouco de suas histórias e aprendem a trabalhar com fotos digitais. "Pretendemos introduzir ferramentas de libras em nossos processos de alfabetização futuros", diz Elisa.
Curso de extensão
O espaço possibilitará também o desenvolvimento de pesquisas e a promoção de formação a educadores, como o curso de extensão Tecnologias Assistivas promovido pelo API. As aulas são ministradas no âmbito da Universidade Aberta do Brasil, uma iniciativa do governo federal criada em 2005 para oferecer cursos virtuais de ensino superior ou complementar.
A 3ª e a 4ª edições serão realizadas ainda este ano. A próxima turma começa em maio, professores das escolas públicas de todo o País podem participar. Para isso é necessário que o interessado acesse a Plataforma Paulo Freire (http://freire.mec.gov.br/index/principal) para realizar a sua inscrição.
Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo
O projeto é resultado de mais de doze anos de pesquisas de Elisa sobre uso da informática na educação de pessoas com deficiência. "Esse tipo de capacitação abre uma enorme perspectiva de mudança de vida, gerando grande demanda por atendimento, daí a necessidade de construir uma sede própria para esse fim", afirma a professora.
O centro passa a ensinar 30 pessoas que já eram beneficiadas pelas atividades do grupo de pesquisa Ambientes Potencializadores para Inclusão (API). O grupo foi responsável pela inclusão digital de mais de 140 pessoas desde sua criação, em 2001. Os alunos apresentam diversos tipos de deficiência, como baixa visão, descontrole motor, síndrome de down, paralisia cerebral, hiperatividade e dificuldades educativas, de audição e de fala. A capacidade total de atendimento da nova estrutura ainda será verificada durante os primeiros meses.
A unidade tem 373 metros quadrados e está equipada com os seguintes itens: laboratório de informática; biblioteca; sala de reuniões; refeitório; sala de desenvolvimento; e uma outra chamada multifuncional, com equipamentos de acessibilidade de tecnologia assistiva, que proporciona ou amplia as habilidades funcionais.
Um dos aparelhos é a "colmeia", uma placa de acrílico que impede a pessoa com dificuldade motora de pressionar uma tecla involuntariamente. Há também um mouse adaptado, basicamente um microcontrolador com sensibilidade para a percepção de movimentos, posicionado sobre a cabeça do usuário. O ato de clicar é realizado por uma haste, acionada ao inflar das bochechas.
Os profissionais utilizam também softwares com "recursos amigáveis", como legendas e áudio das ações que são executadas no PC. O desenvolvimento desses programas é feito pelo Núcleo de Educação Coorporativa (NEC), também da FCT.
A criação de um "scrapbook" (livro de recado) é uma das formas que os monitores usam para ensinar os alunos a ler e a escrever e descobrir sua auto-imagem. Dentro de suas possibilidades, eles escrevem comentários rápidos, recados, contam um pouco de suas histórias e aprendem a trabalhar com fotos digitais. "Pretendemos introduzir ferramentas de libras em nossos processos de alfabetização futuros", diz Elisa.
Curso de extensão
O espaço possibilitará também o desenvolvimento de pesquisas e a promoção de formação a educadores, como o curso de extensão Tecnologias Assistivas promovido pelo API. As aulas são ministradas no âmbito da Universidade Aberta do Brasil, uma iniciativa do governo federal criada em 2005 para oferecer cursos virtuais de ensino superior ou complementar.
A 3ª e a 4ª edições serão realizadas ainda este ano. A próxima turma começa em maio, professores das escolas públicas de todo o País podem participar. Para isso é necessário que o interessado acesse a Plataforma Paulo Freire (http://freire.mec.gov.br/index/principal) para realizar a sua inscrição.
Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo
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